sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Mulheres nunca estão satisfeitas ? ? ?

Pergunto isso não porque às vezes nem eu me entendo, isso se explica pela maldita TPM, pergunto isso porque tampouco consigo entender outras mulheres.

Minha coleguinha de trabalho, por exemplo, tinha um ex namorado que era um cavalo vestido (segundo ela), que não era parceiro, que fazia as programações dele para o fim de semana, as quais muitas delas nem sequer incluía a guria. Um péssimo namorado, segundo ela, egoísta até dizer chega. Lógico que a relação não durou, afinal quem aguentaria um tipo assim?? Eles terminaram. Passou o tempo ela arranjou um outro namoradinho, esse sim queridão, sempre agilizando uns programas legais e o principal, com ela inclusa. Até deram um jeito de sair em férias juntos, para viajar para Nova York. Conscencioso e preocupado, ligava demanhã para dar bom dia, sabe? Um amor de pessoa. Advinhem?? Segunda feira ela nos contou que terminou com o broto. " ahhhh muito chato, queria fazer tudo junto, eu não podia ir até a esquina sozinha que ele queria me acompanhar" e blábláblá.....

Concordo que nem 8 e nem 80. Mas sou a favor do diálogo. Eles namoravam há uns 6 meses ou nem isso, ainda estavam aparando as arestas. Será que não dava para conversar e tentar buscar o equilíbrio? Porque com o cavalo vestido, que na minha opinião é muito pior que o grude, ela namorou por uns 2 anos. Claro que só quem está dentro da relação consegue entender, também sou dessa opinião. Quando ela me perguntou o que eu achava, disse que defeitos todo mundo tem, o importante é sempre saber com quais defeitos conseguimos lidar e quais aqueles que não suportamos de jeito nenhum.

Em suma, parece que a maioria das mulheres está sempre buscando o príncipe encantado, aquele alguém sob encomenda que chega com todas as peças que faltavam. Ao meu ver isso não existe, eu particularmente gosto dos defeitos alheios, e respeito isso, porque assim me dão a liberdade para que eu também possa ter os meus próprios defeitos, afinal ninguém é perfeito. Ou pelo menos depois de certo tempo e alguma intimidade, definitivamente ninguém é perfeito. E isso, sem dúvida, é ótimo, porque nos dá a oportunidade de crescer em um relacionamento e através dele. Desconfio de pessoas que no primeiro sinal de infelicidade pulam fora, tudo que é superficial não me chama a atenção. Primeiro porque felicidade em tempo integral é ilusão e segundo, e por fim, porque se a finalidade é evoluir, algumas "encrencas" vão surgir na estrada, agora o tipo da encrenca, isso sim eu posso decidir qual será.

domingo, 22 de novembro de 2009

Para os viajantes...

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é, que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.


Li esse texto no perfil do orkut do meu primo. Achei demais. Já tinha lido ou ouvido que quanto mais a gente viaja, mais a gente valoriza o nosso lar. Sorte daqueles que, assim como eu, tiveram a chance de por o pé na estrada e de voltar...e saber que o melhor lugar do mundo é aquele em que está o nosso coração.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Má Educação e a Vergonha Alheia

Hoje em dia valorizo muito os puxões de orelha, poucos, mas essenciais, que levei na infância. Eu não era uma pimentinha que aprontava horrores e que os pais eram chamados toda a semana no colégio. Fazia mais a linha princesinha, uma moçinha, mas que às vezes, como qualquer pirralho, se transformava no capeta. Bom, em suma, consegui ser "convidada a me retirar" de um colégio bem famosinho em Porto Alegre e era expressamente proíbida, às vezes (novamente), de participar das olímpiadas do colégio. É que sempre fui muito competitiva..hehe.

Mas nesses episódios isolados o que funcionava mesmo era o diálogo e a paciência dos meus pais. Os puxões de orelha eu levava quando fazia alguma má-educação. Ou fazia birra, ou gritava e esperneava porque queria, queria, queria, ou porque não queria, não queria, não queria.. Enfim, quando eu tinha algum chilique, péin! Puxão de orelha!

Hoje vejo que funcionaram. Sou uma pessoa, desculpe a minha falta de modéstia, muito bem educada. Eu fico perplexa com cada coisa que vejo por aí. Gente mal educada a dar com o pau, que chego a sentir vergonha alheia. Sim, sinto vergonha porque vejo pessoas completamente desequilibradas andando por aí como se fossem "normais". No trânsito simplesmente não há limites: gritarias e buzinassos sem qualquer motivo aparente, no trabalho a gentileza de um "por favor" ou um "obrigada" parece que desapareceu por completo e na vida pessoal as pessoas se xingam e fazem cobranças umas das outras, como se o fato de ter certa "intimidade" com alguém, desse o direito às exigências desmedidas, falta de respeito e explosões desnecessárias. Acredito que cada um é responsável pela própria ação. Se eu saí de casa atrasada, nesse trânsito que hoje em dia é insano em qualquer horário, que adianta ficar buzinando para todo mundo? O que custa escrever no email "Bom dia!" antes de começar a solicitar um rol de coisas urgentes? (sim, porque tudo é urgente, né!!).

Vejo cada situação que, além de sentir vergonha pelo papelão que o outro está fazendo, me dá vontade de descer do salto-alto: gente que se mete na vida alheia, que fofoca da vida dos outros (e ainda pensa que o alvo da fofoca não sabe), que se acham donos e donas da razão, que mentem, que fazem ceninhas, que tratam mal seus semelhantes, que se acham no direito de tudo!!! Mas nessa hora penso bem racionalmente que eu não vou me igualar a esses tipos. Não vou baixar o nível só porque o outro está lá embaixo, no último degrau. Não vou dar esse poder a ninguém, de deixar que eu seja influenciada no meu modo de agir. Se a única coisa no mundo que eu posso controlar é a mim-mesma, não hei de dar esse gostinho a terceiros. Para esses guardo a minha letal indiferença. Até porque é muito energia desperdiçada e a energia deve ser gasta em outras coisas...assunto para outro post.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Gírias Idosas

Está aí um assunto interessante e, embora idoso, nunca sai de moda. Aliás, tem até comunidade no orkut que homenageia as gírias idosas da qual, inclusive, faço parte.

Um tema leve e divertido para uma sexta-feira chuvosa:

Tem duas gírias que utilizo e escuto muito ultimamente. Claro, pois começei a falar e as minhas amigas já incorporaram, então agora todo mundo usa: Broto e Bisca. Óbvio que não inventei nenhuma das duas, embora seja bastante criativa e "dona" de algumas palavras, também presto atenção quando escuto alguma coisa nova-antiga de alguém, que eu ache divertida. Essas duas são em homenagem à minha ex-coleguinha do pós, a Renata.

Broto = algum HOMEM (ou guri) bonito, ou mesmo o namorado, pois se alguém "namora" é porque pelo menos para a pessoa, o outro é bonito. Antes as meninas novinhas eram os "brotos", até porque broto, no sentido literal, é algo que está crescendo... =P
Mas a Rê usa "e aí Laura, como é que tá o broto?" ou "deixa eu te contar a última que o broto me aprontou". E ela também fala das biscas, que antes de aderir, eu chamava de "xuranhas": "Bah, mas aquela bisca não pára de olhar pro meu broto" Hehhehehe. Ou "o que essa bisca quer futricando no meu orkut?" ou ainda me chamando "carinhosamente": "e aí sua bisca, biscateando muito?" =0) saudades das aulinhas do pós.

Aí esses dias escutei uma gíria novíssima-antiguíssima aqui no trabalho. Essa eu nunca tinha ouvido antes e nem sabia o que significava. Cheguei na empresa um belo dia pela manhã e quando estava subindo as escadas o meu colega solta "Mas tu tá um pitelzinho hein Laura". ???? "Pitel, Laura!" ???? Não sei o que é isso. E ele para me incomodar falou para eu procurar no Google. Aí achei que pitel, há muuuuito tempo atrás, significava uma menina sexy, muito atraente, enfim. Depois descobri que essa gíria já está voltando com tudo lá pelo Rio e Sampa. Aqui ainda é novidade, ou pelo menos era para mim.

Bacana e supimpa para definir algo legal, também escuto bastante. Tem uma que meu namorado fala e eu acho muito legal, mas ainda não incorporei: "Xarope". Mas não é que o cara seja um chato, é que o cara é tão bom que incomoda os outros: "Namorada, publiquei um artigo que saiu nos jornais, tô ficando xarope hein!!" Ou algo que como toda boa gremista discordo, se bem que agora, devido a realidade, nem escuto tanto: "Mas o colorado tá xarope!!! Ganha todas!!!" Esses tempos, uma amiga minha, a Paola, ressucitou também a gíria "maroto". E ampliou para "vamos fazer uma marotagem?" tipo sair com as amigas para "marotear" um pouco. Acho muito engraçado e ela falando então, é hilário!!

Nossa, mas que Post cheio de "aspas" esse!!!!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

A Única Certeza da Vida

Fim de semana passado estive visitando a minha vó paterna e saí da casa dela bem tristonha. Ela está com Alzheimer já bem adiantado. Fica difícil conversar, pois ela se perde e volta e meia pergunta tudo de novo e a coisa se repete por umas 10 vezes. Eu tenho uma tia que também tem Alzheimer, mas como o contato que tinha com ela não era freqüente, às vezes achava até engraçado ver ela perguntar 300 vezes sobre o meu avô que morreu há mais de 10 anos. Mas com a minha vó não vejo tanta graça. Sabe aquela pessoa que sempre foi muito sensata, meiga, vaidosa, dava bons conselhos, conversava sobre música, filmes, novelas, notícias e livros? Pois é, está temporariamente ausente e daqui a pouco pode ser definitivo. Dói pra caramba presenciar isso... esse fim. Hoje em dia minha vó nem consegue mais tocar piano, o que foi a razão da vida dela, a sua grande paixão e motivação, pois se esquece das notas.

Na verdade é um fim esperado, é a única certeza que nos rodeia desde que nascemos. Mas acho que a gente só começa a visualizar mesmo tudo isso agora, pelo menos para mim está sendo assim: vendo minhas avós que amo muito e tenho eterno respeito e admiração, ficarem velinhas e o corpo e a mente já não funcionam mais como antes. A comparação é ridícula mas é como se fosse algum eletro-doméstico com anos de funcionamento que começa a dar problema aqui, daqui a pouco outro problema ali e assim vai indo.. Pois se não é Alzheimer, é o coração, se não é o coração é o ouvido que já não escuta direito, se não é o ouvido... bom, é desnecessário continuar.

Aí hoje, aqui no trabalho, chegou a minha colega bem malzinha, e como o sistema ficou fora do ar uns 10 minutos, ficamos conversando e ela falou entre lágrimas que o avô dela estava bem doente, com algum problema nas plaquetas sangüineas, e não tinha nada que os médicos pudessem fazer. O Alzheimer é igual. Não há nada para se fazer. Mas sempre há algo que a gente, família, pode e DEVE fazer. Dar muito carinho, conforto, atenção e AMOR. Fazer com que o "the end" deles seja o melhor possível. Fazer realmente a nossa parte por pessoas que já fizeram tanto por nós.

Dúvida: as duas fotos são do dia da avó, reparo que uma é dia 25/07 e a outra dia 26/07. Qual é o dia certo? Ou será que os dois dias são da avó? dia 25 dá avó materna e dia 26 da avó paterna, ou vice-versa?? será que tem o dia da "boa-drasta"?? Queria muito saber, né!!!!! Hehehhehe