sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Carnaval Alternativo

Depois de 25 carnavais passados na beira da praia esse foi o primeiro feriado em que mudei o meu rumo. Aliás, mudei o rumo completamente. Ao invés de me dirigir ao leste, me desloquei ao extremo oeste do sul do país. Extremíssimo: mais de 7 horas de viagem para chegar em São Borja. Já conhecia a cidade, claro, no último ano acabou sendo um destino quase regular das minhas viagens. A propósito, São Borja, Santiago, São Francisco, Itaqui de um modo ou de outro, acabaram fazendo parte do meu cotidiano.

Mas voltando ao tema Carnaval, óbvio que apesar de eu ter cruzado o estado, por lá nada seria tão diferente. Na verdade foi tudo muito parecido com o que temos na praia, só com um diferencial: parecia sim com os carnavais do litoral, mas como aqueles que aconteciam há 10 anos atrás. Carnaval de rua, ok nada de novo. Mas de clube, com direito à marchinhas, rei momo, confete, serpentina, máscaras, trênzinhos, e tudo o mais que se possa imaginar, isso fazia tempo que eu não via.

Me recordou os primeiros carnavais que pulava na praia, quando tinhas uns 14 anos, criando fantasias com as minhas amigas, fazendo parte de algum bloco. Eram as únicas noites em que eramos liberadas para chegar em casa às 5 da manhã (e na última noite às 6!! Uhhuu!!). Isso já não existe mais, pelo menos aqui no sul, se tem, passa completamente despercebido. Carnaval virou axé, ou pior, rave! Que é para onde a maioria dos adolescentes vai curtir os 4 dias de folia. Juro que não tenho nada contra, nada mesmo, curto um bom house para dançar, mas não posso deixar de sentir falta da época em que Carnaval era Carnaval e pronto.

Para fechar o feriado com chave de ouro depois de muito pular, dançar, cantar e descansar, fui conhecer um lugar do Rio Grande do Sul que sempre me intrigou: as Ruínas de São Miguel das Missões. Já tinha lido muito sobre o local no O Continente, um livro que eu amo desde adolescente. Já tinha estudado o assunto na escola, visto em documentários, ouvido falar e sempre fiquei fascinada com as histórias relacionadas aos 7 Povos das Missões. Ter ido para lá agora foi incrível. É realmente místico, com uma energia, em alguns momentos, bem forte.Tudo que eu imaginava com um plus de que o lugar está bem preparado para o turismo. Recomendo para qualquer pessoa ir lá e se admirar com ruínas do que foi um povoado indígena há mais de 300 anos, esculturas talhadas em madeira pelos índios, marcas das guerras que eles enfrentaram. E além da parte histórica e mística, é um amibente de muita natureza.
Seguem algumas pics: