Mulheres x Futebol

O título ficou como "Mulheres x Futebol", mas se aplica para todos os esportes ditos como masculinos: surfe, polo, boxe entre outros tipos de lutas, beisebol e assim segue uma vasta lista com muitos esportes definidos como "coisa de homem". Claro quem nem todos pensam assim, para nossa sorte, garotas. Mas ainda hoje noto uns olhares estranhos quando, ao me convidarem para algum programa qualquer, respondo: "não posso, tem jogo do Grêmio". Ou então quando estou surfando e, no mar, sou a única menina presente. Nesse caso não é necessariamente uma reclamação. Tudo tem seus prós e contras nessa vida e, às vezes, pode ser até bem interessante.

O que me irrita mesmo é ouvir frases do gênero: " isso é coisa para homem" , " mulher não entende dessas coisas" ou " lugar de mulher é no tanque e não no estádio (mar, ringue, pista, etc.)". Isso, pensando do ponto de vista psicológico, me parece, um pouco, um certo medo da ala masculina de serem, literalmente, superados pelas mulheres. Claro, pois se já os superamos muitas vezes no campo profissional, acadêmico e nem se fala então em áreas mais emocionais, nas quais estamos e sempre estivemos anos-luz à frente deles, imagina agora querer comandar nos esportes também?

Chega a ser irônico porque nós, do sexo frágil, não queremos superar ninguém, nem chega a ser uma competição. Simplesmente queremos um pouco de diversão atuando ou mesmo conversando sobre os esportes, sejam eles quais forem. Admiro muito os homens que apoiam mulheres que praticam esportes, que incentivam elas a seguirem em frente no jiu-jitsu, no golfe ou no futebol. Aqueles que, com paciência, ensinam para as mais desentendidas o que é impedimento, período das ondas e bandeira amarela. Esses sim não têm recalques e além do mais, sabem que incentivando esse lado esportivo, terão companheiras para vários tipos de bate-papos, não só para fazer D.R. e, quem sabe, até uma cia para a prática do esporte.

Abaixo alguns clicks de mulheres bacanérrimas pioneiras em alguns esportes "casca-grossa":

* Margot Rittscher, pelo que se tem notícia, foi a primeira mulher a pegar onda no Brasil. Essa fotinho é da década de 30, hoje ela está com 92 anos.

** Não parece, mas é: Duda Yankovich, primeira boxeadora brasileira (radicada, pois ela é natural da Sérvia) a ganhar um título mundial no esporte.

*** A italiana Maria Teresa de Filippis foi a primeira das 5 mulheres a disputarem corridas de Fórmula 1.

Inverno ou Verão? Eis a Questão.

Até rimou...

Esse fim de semana fomos para a praia, eu mais um grupo de amigos. Meu amor não compareceu, pois estava numa de suas andanças à trabalho. Enfim, eu é que não ia passar um final de semana de 30° em Porto Alegre. Claro que não. Ainda mais se tratando de um fim de semana de altas, altíssimas temperaturas, em pleno maio, faltando menos de um mês para o inverno. E digo mais, se eu ainda morasse no nordeste, onde é calor o ano todo, vá lá, mas moro na capital do extremo sul do país, onde se supõe que no outono quase inverno, já vamos estar baixando umas roupinhas de lã no guarda-roupa.

Ao contrário disso, peguei meus bikinis, sainhas, canga, prancha, protetor solar e pronto: rumo ao litoral. Curtimos dois dias incríveis, melhores que muitos finais de semana de verão mesmo. Nada de vento na praia, nada de nuvem no céu, água do mar agradável (nada congelante) e para mim que sou metida a surfista, isso é muito importante, pois ter que colocar a roupa de neoprene já é um aquecimento pré-surfe, uma peleia com o long-john, nada que se discuta, pois ele é útil demais. Mas dessa vez foi deixado de lado em prol do short-john, bem mais acessível na hora de vestir, diga-se de passagem.

Agora, se o inverno começar amanhã, tampouco vou me importar, pois esses dias serviram para me despedir do verão. Tempo louco esse. Já não viria em má hora um friozinho aconchegante, daqueles de ficar, em um dia chuvoso, vendo filminhos sem sair da cama, fazer uma jantinha em casa para os amigos regada a vinho tinto ou então sair com o namorado para comer um fondue, na pedra claro, que é bem menos calórico. Além disso, nada como vestir uma botas lindas até o joelho, casacos chiques, lenços e mantas. É elegância garantida. Sair para caminhar em um dia de sol com aquele "ventinho" batendo no rosto, tomar um chimarrão caminhando na beira da praia (vazia, toda minha) e tomar um banho bem quentinho para esquentar também têm o seu valor, e como. Mérito de quem é do sul e tem o inverno e o verão. Ou será que com essa história do aquecimento global seria um ex-mérito? Algo que vamos lembrar do tempo em que eramos crianças? Espero que não, pelo menos não por enquanto, mas a natureza já está dando muitos sinais e embora seja ótimo curtir um final semana como esse, já não vejo a hora de colocar as minhas polainas e o meu gorrinho.

Clicks:

** Olha a Maia curtindo uma praia!! Ela está assim amarrada, pois não nos deixava jogar frescobol em paz. Hehe. Judiaria.

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Gente, esse é um dos textos mais lindos que já li... dizem que é da Clarice Lispector, mas eu nunca vi em nenhuma obra dela, talvez porque esteja fragmentado.. enfim..


"Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco q eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!