segunda-feira, 20 de julho de 2009

Tristeza para o Comércio Exterior.

Não sei nem por onde começar...

Ontem estava voltando de viagem e recebi uma notícia que, por si só, já me deixaria um tanto desolada: a minha colega de trabalho e o lindo filinho dela, de apenas 5 anos, faleceram. A primeira coisa que vem à cabeça em uma notícia como essa é que deve ter sido um acidente de carro, mas, para a minha perplexidade, o acidente foi ainda mais brutal: desabou um prédio em Capão da Canoa onde os dois se encontravam naquele exato momento.

Uma coisa dessas não tem explicação. São tantas as perguntas que fazemos a nós mesmos em casos assim e são tão poucas as respostas. E tão inúteis. Além de minha colega de trabalho, ela era filha do nosso diretor, uma pessoa maravilhosa, que só de pensar na dor em que ele deve estar sentindo agora, com essa dupla perda, eu fico profundamente sensibilizada. Esse é um dia de muita tristeza para todos: a família que perde dois membros amados, nós, do comércio exterior, que perdemos uma grande amiga e colega de trabalho e o mundo que perde, de uma só vez, uma pessoa maravilhosa e um menininho com um futuro inteiro pela frente. Simplesmente ainda está difícil de acreditar...

Em uma tentativa de consolo, tento pensar que existem pessoas com uma tragetória mais curta aqui na Terra. Pessoas que cumprem sua missão precocemente, ou que talvez até sejam, de certa forma, a missão alheia. Tento pensar ainda que mãe e filho terem "partido" juntos foi um ato de misericórdia divina, pois seria muito doloroso para eles se partisse um e o outro ficasse, embora a dor da família se torne imensamente maior desse modo. A verdade é que nessa hora nada consola, palavras confortantes não existem. Espero ( e rezo) que, com o tempo, as feridas de um golpe como esse possam cicatrizar, mesmo que deixe marcas, que na verdade já estão em todos nós.

Agora falando de um ponto de vista mais prático, pelo amor de Deus, como um prédio desaba assim??? Parto do princípio que todo mundo tem a sua hora, ok, mas ainda assim não tem como não se revoltar com uma coisa dessas. Eles estavam na casa deles, na maior segurança que se possa imaginar, pois não estavam, aparentemente, se espondo a nenhum tipo de risco e acontece do prédio ruír no meio da noite... voltamos ao velho drama: de quem é a culpa? Porque não é possível que uma coisa dessas aconteça e que o culpado fique impune. Prefeitura, construtora, engenheiros, espero do fundo do meu coração que cada um seja responsabilizado por sua parcela de culpa nessa triste história.

Aos queridos familiares, que moram no meu coração, desejo muita força e fé para que consigam superar essa terrível tragédia. E à Si e ao pequeno Rodrigo, espero que, onde quer que estejam, encontrem a paz que eles merecem.

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